domingo, 31 de julho de 2016

Não compensa

Ontem estava na casa de uma amiga e a irmã chegou com um temaki de camarão. Há uns meses parei de comer camarão, porco dentre outras coisas. Obediência é um exercício diário. Não é uma questão de : " A sua Igreja diz que não pode comer", na verdade, A Bíblia diz que não pode comer e acho que já acabou o tempo de eu QUERER desobedecer. Tudo bem, eu também não deveria tomar refrigerante porque meu corpo é o templo do Espírito e eu devo zelar por ele, mas, estou tentando e sei que quando eu conseguir me livrar desse vício, muitas coisas boas virão. O fato é que, enquanto a menina comia, eu pedi uma ponta que não tivesse camarão e a irmã dela me disse: "tem o gosto, é pecado" em um tom de deboche. Respondi que o que vale é a consciência, a resposta simplesmente saiu e ela fez que não ouviu. Isso me incomodou a noite inteira.Ele nem me repreendeu por eu ter bebido wisky na formatura dela. É engraçado, isso. Parece que as pessoas se incomodam mais quando eu faço uma coisa certa do que quando eu faço uma errada. Pior, é quem nem compensa discutir.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Não jogue pérolas aos porcos.

A melhor coisa que já dei a alguém foi desprezo. Não é raiva, apenas distância. As pessoas nos respeitam mais assim, a certa distância. Comprei um colchão novo. Gosto de colchões de casal, mas, por muitos motivos, decidi comprar um de solteiro e quase não me acordei hoje. Estava cansada de rede. Meu corpo queria esticar-se com tudo o que podia e, apesar dos problemas que não me esquecem (porque, tento esquecê-los), dormi muito. Hoje comprei uma tinta amarelo vanila para terminar de pintar a casa. Gosto da combinação azul e amarelo. Bem, acabei de ver uma foto de um fulano que poderia me magoar. Não me magoou, ele tirou rapidinho como se aquilo fosse me incomodar. Então, meu eu, totalmente eu diz: Despreze este também.Carinho demais, atenção demais, pode ser desperdício. Sufoque a dor quando ela vier.  "Não jogue pérolas aos porcos", guarde-as para quem merece.

PS: Qualquer lugar serve quando vc não sabe onde quer ir (ou o que quer ser)



Encontrei um texto muito bom sobre o assunto. Segue link

http://www.contioutra.com/nao-fico-mais-com-raiva-so-olho-penso-e-me-afasto/

terça-feira, 26 de julho de 2016

Obedecer e confessar.

        Estou devendo esse texto desde sábado. Meu compromisso de adoração a Deus de todos os sábados é, também,  escrever. Acredito que Davi tivesse essa mesma ânsia de escrever que eu tenho, porque, sempre que começo, lembro-me dele. Incrível, mas Marina também tem essa facilidade. Maria Clara Mandou um desenho para ela pintar. Ela pintou, mas não sentiu-se satisfeita, enviou uma historinha escrita por ela. Preferi guardar a lembrança apesar dos erros de ortografia. Aqueles erros me doeram na alma. É como se os erros ortográficos da Marina fossem prova da minha falha. Mas, pensei e decidi que vou usá-lo para fazer uma limonada. Acontece que eu estava assistindo a Novo Tempo e uma professora falou sobre um método "medieval" de fazer as crianças repetirem vinte vezes a palavra que erraram. A professora fazia isso com vinte crianças, então, posso fazer isso com uma só. Aí, veio Luiz Neto falando sobre educação conservadora, então misturei com alguns aspectos bíblicos em um bolo só. Eis, uma nova teoria. Lembra da história do amor inteligente?
      Crianças precisam aprender fortemente duas coisas, e ao meu ver, são duas grandes virtudes para o cristão e para o ser humano, em geral. Entendo que são fundamentais, porque, delas, outras se desenvolvem. A primeira é a obediência. E não é uma obediência como nós, brasileiros, aprendemos:  Aquela com jeitinho brasileiro. Obediência é OBEDIÊNCIA. Cumprir sem relativismos. Como advogada, percebo que nós relativisamos tanto as nossas leis, que o "pobre" do STF precisa viver emitindo súmulas para explicar isso e aquilo. Bem , o primeiro pecado de Adão e Eva foi justamente por desobediência. E pecado quer dizer, justamente, transgredir a Lei. Segundo ponto: confessar. Só se pode confessar quando se tem caráter suficiente para assumir seus erros. A velha orientação de minha mãe foi-me útil: Se errar, eu posso até perdoar, mas se negar, apanha pelo erro e pela mentira. Lembrei de um rapaz que, apesar de ter namorada, ficou me cercando e não foi homem suficiente para assumir o que fez. Acho isso desprezível.
        Dos dois princípios, o que foi mais difícil para mim, foi obedecer. Eu sempre obedeci porque eu quis, e o que eu não queria, não obedecia e ponto. Mas, assumia. Assim, sempre pequei, mas nunca fui hipócrita. Faltava, então o arrependimento.
    Lendo um texto de uma amiga, onde ela falava em si pertencer, percebi outra coisa: o que eu sou e o que eu quero ser. Bem, um dia, decidi que queria ser mãe porque acho o trabalho de educar uma criança uma função incrível. Sou. Decidi que queria me formar em Direito porque eu quero ser juíza.
Me formei. Sou apaixonada por karatê. Decidi que queria ser karateca e para isso, faço os esforços necessários. Então, para tudo o que eu quero ser, isso me exige um tipo de esforço. E percebi que eu quero ser adventista e que isso também irá me cobrar certos esforços. O primeiro deles é a obediência. Então, agora, sabendo o que eu quero ser : mãe, juíza, karateca e adventista, já posso pagar o preço por estas coisas, porque, se eu não estudar, não serei juíza, se eu não educar os meus filhos, não serei mãe (pelo menos, sob o ponto de vista que eu entendo ser a função de uma mãe), se eu não praticar o karate e seus fundamentos, não serei karateca, e se eu não cumprir com a verdade que eu conheço, não serei adventista. "Nunca é alto o preço para pertencer a si mesmo". Eu entendo "pertencer a si mesmo" como sendo aquilo que eu quero ser.  O preço que eu vou pagar é para ser o que eu quero ser e não o que os outros querem ou o que as minhas limitações me permitam.Todo dia é dia de pagar o preço.

domingo, 17 de julho de 2016

Ás vezes penso na necessidade que as pessoas têm de parecerem ser. Me irrita que me cobrem que eu não tenha um carro. E tenho muitas qualidades para precisar ser validada por um carro.

Sábado e o amor inteligente

Acordei. Ah, se fosse quase nove, hoje não daria para ir para a Escola Sabatina. O que importa o que pensem. Eu não me importo com a opinião de ninguém quando quero fazer algo errado, porque hei de me importar para fazer algo certo? Também pensei: puxa, Dálleth, você não precisa trabalhar sábado, sua Igreja fica a dois quarteirões de casa. Deus vai te cobrar isso. Voei para casa, vesti o vestido de quarenta reais super  comportado e super confortável que vesti durante a semana inteira e decidi estrear o scarpin novo da Dakota que ainda estava dentro de saquinhos. O scarpin super  desejado era o calçado certo para ser estreado em um culto. Lembrei-me de Maíza Ribeiro falando sobre os sábados, em que ela ía com a roupa mais bonita para a Igreja, e que ela tinha 'as roupas de sábado". Eu quero que minha filha tenha “As roupas de Sábado”, e eu já estou separando também essas roupas para mim.  Saí ainda de cabelo molhado. Não estava uma crente cafona. Estava uma crente elegante. Tenho uma amiga que me provou que usar saia e blusa de manga é um estilo elegante. Ela ía assim para os cultos. Ela me mostrou  que andar bem coberta não é sinal de velhice, mas sim de finese, de classe, de educação e de polidez. E hoje, mesmo quando eu não vou para o culto, me visto assim e é assim que gosto que minha filha se vista. Um projetinho de Dálleth, mas melhorada.  Nos últimos cultos que frequentara, me aborreci cedo, mas hoje não. Na noite anterior, antes de dormir, eu não só sonhei com os projetos que queria realizar, mas pedi-os a Deus, e na hora do culto, foi como se Deus me dissesse: “Pronto, isso aqui é o que você precisa fazer”. Ah, Senhor, entendi. Eu sabia que estava faltando alguma coisa para ser feita por mim -logo, quando tudo se realizar- contarei.  Na noite anterior, acabei chorando no divã do Deus. É assim, quando você começa a orar e acaba chorando, sem saber direito o porquê.
Acabou a historinha do “Eu posso tudo”. A vida me mostrou, amargamente, que eu posso poucas coisas. Por esta razão, eu digo aos meus filhos as coisas que eles não podem fazer. Criar um filho de forma indisciplinada é uma atitude muito cruel para com os filhos. Digamos que seja um tipo de amor burro. Disciplinar é um amor inteligente.
No fim de semana em que eu fui para Morada Nova, Marina me perguntou quando eu comecei a educá-la. Marina tem "umas perguntas". Ela tem  consciência de que algumas atitudes minhas não são falta de amor, mas sim de um sistema racional de lidar com eles. Eu respondi que eu comecei desde que ela era bebê. É verdade, com um ano e meio, quando eu a chamava, contava até três. Eu nunca precisei espancá-la e bati muito pouco. Para falar a verdade, eu bati muito mais por descontrole do que por ineficácia dos métodos. 
Mesmo Artur, que é mais mimado (Não por mim), me surpreende. No culto, ele saiu da salinha das crianças. Eu o vi passar pelos arredores do templo. Quando ele percebeu que eu levantara, correu de volta para o lugar em que o deixei. Pouco depois, saiu novamente. Eu não precisei dizer nada. Peguei-o pelo braço, sentei-o no banco ao meu lado, e apesar de deitar e rolar no banco, não se atreveu a dizer nada. A forma como os pais observavam aquilo, me mostrou que eles estavam surpresos com o comportamento deles, já que, com minha mãe, é um pouco diferente. Marina sequer saiu da salinha. Ela é “sage”.

Quando a olhava de longe, sentia orgulho em vê-la bem arrumada. Ela estreou um sapato novo também, além de um vestido que mandara fazer. Foi ainda com um laço vermelho enorme no alto da cabeça que iniciava uma trança fake. Eu olhava e pensava, é esse o estilo de vida que quero que ela tenha. Um estilo de vida que eu não aceitei, mas que eu sei que teria sido o melhor. Educação é como nome, é escolha de seus pais, mas aquele que você gostaria de ter, você só poderá dar aos seus filhos, nunca a si.