Estou devendo esse texto desde sábado. Meu compromisso de adoração a Deus de todos os sábados é, também, escrever. Acredito que Davi tivesse essa mesma ânsia de escrever que eu tenho, porque, sempre que começo, lembro-me dele. Incrível, mas Marina também tem essa facilidade. Maria Clara Mandou um desenho para ela pintar. Ela pintou, mas não sentiu-se satisfeita, enviou uma historinha escrita por ela. Preferi guardar a lembrança apesar dos erros de ortografia. Aqueles erros me doeram na alma. É como se os erros ortográficos da Marina fossem prova da minha falha. Mas, pensei e decidi que vou usá-lo para fazer uma limonada. Acontece que eu estava assistindo a Novo Tempo e uma professora falou sobre um método "medieval" de fazer as crianças repetirem vinte vezes a palavra que erraram. A professora fazia isso com vinte crianças, então, posso fazer isso com uma só. Aí, veio Luiz Neto falando sobre educação conservadora, então misturei com alguns aspectos bíblicos em um bolo só. Eis, uma nova teoria. Lembra da história do amor inteligente?
Crianças precisam aprender fortemente duas coisas, e ao meu ver, são duas grandes virtudes para o cristão e para o ser humano, em geral. Entendo que são fundamentais, porque, delas, outras se desenvolvem. A primeira é a obediência. E não é uma obediência como nós, brasileiros, aprendemos: Aquela com jeitinho brasileiro. Obediência é OBEDIÊNCIA. Cumprir sem relativismos. Como advogada, percebo que nós relativisamos tanto as nossas leis, que o "pobre" do STF precisa viver emitindo súmulas para explicar isso e aquilo. Bem , o primeiro pecado de Adão e Eva foi justamente por desobediência. E pecado quer dizer, justamente, transgredir a Lei. Segundo ponto: confessar. Só se pode confessar quando se tem caráter suficiente para assumir seus erros. A velha orientação de minha mãe foi-me útil: Se errar, eu posso até perdoar, mas se negar, apanha pelo erro e pela mentira. Lembrei de um rapaz que, apesar de ter namorada, ficou me cercando e não foi homem suficiente para assumir o que fez. Acho isso desprezível.
Dos dois princípios, o que foi mais difícil para mim, foi obedecer. Eu sempre obedeci porque eu quis, e o que eu não queria, não obedecia e ponto. Mas, assumia. Assim, sempre pequei, mas nunca fui hipócrita. Faltava, então o arrependimento.
Lendo um texto de uma amiga, onde ela falava em si pertencer, percebi outra coisa: o que eu sou e o que eu quero ser. Bem, um dia, decidi que queria ser mãe porque acho o trabalho de educar uma criança uma função incrível. Sou. Decidi que queria me formar em Direito porque eu quero ser juíza.
Me formei. Sou apaixonada por karatê. Decidi que queria ser karateca e para isso, faço os esforços necessários. Então, para tudo o que eu quero ser, isso me exige um tipo de esforço. E percebi que eu quero ser adventista e que isso também irá me cobrar certos esforços. O primeiro deles é a obediência. Então, agora, sabendo o que eu quero ser : mãe, juíza, karateca e adventista, já posso pagar o preço por estas coisas, porque, se eu não estudar, não serei juíza, se eu não educar os meus filhos, não serei mãe (pelo menos, sob o ponto de vista que eu entendo ser a função de uma mãe), se eu não praticar o karate e seus fundamentos, não serei karateca, e se eu não cumprir com a verdade que eu conheço, não serei adventista. "Nunca é alto o preço para pertencer a si mesmo". Eu entendo "pertencer a si mesmo" como sendo aquilo que eu quero ser. O preço que eu vou pagar é para ser o que eu quero ser e não o que os outros querem ou o que as minhas limitações me permitam.Todo dia é dia de pagar o preço.
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