sábado, 3 de agosto de 2024

Parei nele

Esses dias fui a um rodízio com Artur e me vieram os devaneios. Passeei por dois ou três amores amtigos e parei em cabelos grisalhos. Talvez pelo oficio da CGJ que chegou, sobre a inspeção, que continha a assinatura dele. Deve ter criticado minha pressa. Deve ser difícil aceitar que eu transformei ( com a ajuda de Deus e de quem colabora, vulgo Roberta) uma vara que ele criticava em uma unidade com excelentes números. Talvez, com números até melhores que os deles. Mas fato é que parei nos seus cabelos grisalhos e viajei nos meus delírios (tolos). Ontem, conversei com minha sogra sobre o término com meu ex. Ela não entende, mas eu me entendo que gostar não faz com que a gente tolere tudo. Ela não entende que, até o fim, eu questionei muito se não estava traindo meus valores e, mesmo assim, gostava dele. Passei a refletir que para algumas pessoas, como eu, o amor é apenas uma viagem e não um lugar de pouso. Fui enfática em dizer que eu sabia que se ele estivesse em uma situação melhor, não estaria comigo e que o que ele sentia era só gratidão. Agora, vejo que apesar de mim, ele segue, mesmo estando em uma situação muito ruim. Percebo também que a maturidade me ensinou a levar uma bagagem certa, para o amor e, a cada dia que passa, essa bagagem fica mais robusta. Fazendo frio ou havendo ladeira, eu apenas adapto a bagagem, mas não a modifico para caber no itinerário de ninguém.

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