Tanta felicidade merece um texto. Sei lá, nessas horas, eu entendo quando se diz que a curva mais bonita de uma mulher é a curva do sorriso. E não precisou de pose ou tentativas para conseguirmos o sorriso perfeito e a foto perfeita. Em cada curva do meu rosto, naquela fotografia, qualquer pessoa é capaz de enxergar minha felicidade. E hoje, quis fazer o antes e o depois. Tem a nossa primeira foto, que guardei em um CD como se um dia eu a fosse querer novamente. Tem a nossa foto nova que eu quis tirar para degustar essa sensação de "pause e play". Como se não tivesse havido uma pausa entre nós. Eu paro e me sinto tão bem nos braços dele como antigamente. O tempo foi generoso conosco. A foto antiga é bem estranha, mas é como se ela fosse uma caixa de Pandora onde fomos capazes de guardar aquele nosso céu. E olhando as duas, lado a lado, eu não consigo ver uma foto estranha, eu apenas consigo ver nossas emoções guardadas nelas. Como se beleza não fosse tudo na fotografia. O antes e o depois tem uma magia, uma magia infinitamente bela e de valor imensurável. Mas, é lindo ver o antes e o depois, essa é toda a beleza que as fotos necessitam ter. E após tanto tempo, eu ainda me sinto bem nos seus braços, como na primeira vez.
Em meio as minhas sessões de culpa, me pergunto porque o momento tinha que ser esse. Pensei em uma frase que dizia: Deus nos manda o que necessitamos em uma forma que não queremos. Medito e analiso várias vezes sobre essas coisas.
No dia anterior, fui dormir imaginando a gente na praia. "Meros devaneios tolos a me torturar". Dizem que sonhar é bom porque é de graça. Sonhar é muito próprio das crianças. Eu ainda não perdi esse antigo hábito. Para ser honesta, achei improvável irmos à praia. Sabe como é: a gente combina, combina e nada funciona. Antes de ir, me lembro que ele falou: vai ser do jeito que você imaginar (ou coisa assim). Eu imaginei também como seria o primeiro beijo com alguém que você já beijou. O primeiro que não é primeiro. Gente, que coisa louca!!! Foi no sinal. Simples assim!!! Era umas cinco da tarde. Depois, sushi (absurdamente perfeito). Então, tchan, tchan!!! Casa. Fui me arrumar e senti aquela falta. Acho que ele sentiu também, porque, quando menos esperei, ele ligou. "Amor, longo ou macaquinho?" Fui de longo. Meu longo preto preferido, que eu sabia que ele amaria. E depois, praia. (Eu sonhei com praia, amor). Praia, para mim, só à noite. Nem sei se compensa contar como foi. Depois de pensar que não aconteceria, foi melhor que qualquer lugar. Sabe as escadas? Tem a praia. Tem aquele mar lindo e imenso que se pinta do chão ao céu e que canta músicas suaves. Tinha um fundo atrás com algumas luminárias. Nós não precisávamos de cenário mais perfeito. O colo dele e estar com ele era exatamente como sempre. Aquele lugar perfeito perdido no universo.Dentro daquelas horas houve uma felicidade tão plena e tão simples que só a gente é capaz de entender. As fotos, o nome na areia, nossa lua que aparecia e desaparecia entre as nuvens como se quisesse brincar conosco, aquele barulho do mar e mais uma hora de terapia. Meu psicólogo... Tinha uma intimidade simples entre a gente, uma cumplicidade, uma confiança. Ás vezes, ele passava a mão pelo meu corpo e eu não me sentia desconfortável ou intimidada, era como se há anos ele já fizesse isso, como se aquilo fosse natural, e , conversar com ele sobre algumas coisas, foi fácil.
Fim de contas, chegamos quase às duas em casa. Com dezesseis, não era tão difícil assim a gente se encontrar. Bastava irmos para a escada. Mas, o que teve de bronca com vinte sete!!!!
Bem, no sábado, ficamos longe. Ele saiu com a irmã e eu me senti bem. Sem estress, sem preocupação. Eu sabia que ele estava bem e eu estava suficientemente tranquila com isso. " Amor, quero que seja tudo diferente com você" Já é, amor. É tudo como deveria ter sido sempre. Ele ainda disse que a irmã dele gostava de mim sem saber quem é. kkkkk. Ela bem sabe!!!! Eu me senti feliz com isso. Bom, domingo foi complicado. Hora de voltar. Eu tinha umas duas horas para aproveitar a companhia dele. Sushi. (Tem que ter sushi no meio para me fazer feliz!!!) Na volta, ele ligou o som e eu ouvi uma música linda. Eu fechei os olhos, porque eu queria guardar aquele momento. Aquele frio (do ar), as mãos dele, o cheiro, a música. Aquela nuvem me fez feliz. Naquele momento, eu senti que tudo poderia ser perfeito. Tudo ali estava perfeito.
Amor, o texto ficou muito piegas!!!
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Crônicas e canções 03/10/2016
Pensei, novamente, em mudar o nome do meu blog para crônicas e canções. Algumas pessoas, talvez, não entendam porque escrever tanto sobre si. Não sei, mas isso me lembra Clarice. Escrevo, porque são muitos pensamentos que não consigo organizar. Existe um Grande Conflito dentro de todos nós. Meu inconsciente, como já disse, me faz esquecer algumas coisas que me impactam, mas, às vezes, precisamos nos lembrar para que haja superação. E nessas crônicas que escrevo, existe um misto de poesia e dor que tocam suavemente com uma melodia de Chopin. Você já descobriu minha autora preferida e o meu clássico favorito. Estava pensando sobre isto essa manhã, porque lembrei dele novamente. Para ser honesta, ele quase não me deixou estudar ontem. Ele toca suavemente no meu ouvido como uma canção bonita. Penso que o que faz alguém ser bonito é o quanto ela nos faz sentir especiais. Ele me perguntou porque eu não insisti. Ninguém valoriza quem insiste, e ele se assustou quando falei que não amo ninguém que não me ame. Simples assim. Naquele tempo, ele era o melhor lugar do mundo, e, eu gostava de ficar sentada na escada com ele, conversando sobre qualquer coisa e me perdendo nas horas. Sem ciúmes, sem aborrecimentos, sem ansiedade, e tenho a sensação de que naquele tempo, Deus derramou o céu sobre nós. Nós tínhamos o que eu chamo de namoro limpo. Em um namoro limpo, temos a oportunidade de perceber nitidamente as nuances da personalidade de alguém. Ele foi um alívio para mim, que vivia de qualquer jeito na casa da tia, que quase não tinha amigos e que vivia sozinha naquela selva de pedras. Não sei se seria melhor não ter reencontrado aquela nuvem que estava guardada tão profundamente. Não consegui, por mais que tenha procurado, achar onde tropecei nessa história. Mas, quando fecho os olhos, vejo aquela escada, nós dois sentados e ele passando a mão nos meus cabelos, como se aquele menino, mais novo que eu, fosse capaz de me proteger. Ele me protegia, porque, o carinho me fazia sentir a pessoa mais importante do mundo. Em qualquer lugar em que eu estivesse, aquela nuvem estaria sobre a minha cabeça. Eu sabia para onde correr depois de tudo. Todo o cuidado, respeito e palavras amáveis foram essa nuvem. Fico pensando naquela foto, porque ela vai me levar de volta para lá. Eu, chegando do colégio e indo para a casa dele. O resto dos meu pensamentos, ainda não organizei. Vez ou outra, subo na nuvem, perto do céu e fecho meus olhos.
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