Odeio essa expressão: senso comum, mas adoro u´sá-la para me referir a pessoas que não são autênticas.
A cidade em que eu moro é muito vazia. Ela é muito dinâmica, mas sua dinâmica é vazia. Vazia de sentimentos, de ideais, de bondade. As pessoas só conseguem falar sobre direito e superfluidades. Esse Direito que vos falo também é uma superfluidade porque ele não atinge as pessoas de modo humano. O Direito daqui não fala em ética. Acho que ética é viver o Direito do outro. Direito é viver a ética porque ética é respeitar o outro.
Os homens daqui são asquerosos. Eles passam por cima de tudo para alimentar a sua vaidade. E não falo só de um. Aqui não se namora em praça..... Ninguém vê as pessoas namorando nas praças. Aqui, namora-se dentro de carros. E a juventude se burocratiza. As pessoas não paqueram, não andam de mãos dadas. Elas ficam e depois assumem se acham conveniente... A minha juventude era linda. Ou pelo menos a cena que eu criei, como disse Rubem Alves. A cena.... Aquela externalização da sua psiquê. As pessoas não estão se importando em viver poesia. Vivem se burocratizando... Fingem que vivem se acham que é conveniente. De conveniência em conveniência.... Burocratizam-se...
"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar."
Rubem Alves

Você voltou com tudo, seu texto é incrivelmente profundo e demasiadamente sincero. Sua linha de pensamento me fez pensar em tantas coisas, obrigada por proporcionar uma reflexão sobre coisas tão simples, mas que no entanto não são vistas dessa maneira. Ganhou uma admiradora. Por favor, continue escrevendo, cuidado sua escrita é afiada!!!
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