domingo, 30 de junho de 2024

Sobre homens que frequentam prostíbulos. Posso dizer que não são da mais alta estirpe. Não demonstram fibra moral, ainda que aleguem ajudar tais mulheres. Ajudariam, se ao invés de submetê-las, em razão de seu poder aquisitivo e da impossibilidade delas, tratassem -nas como mulheres que são. Ajudari-nas se usassem de seus recursos para tirá-las de lá. Ora, se qualquer delas pudesse arcar com seus luxos, sem necessidade de tal depravação, certamente prefeririam ser herdeiras. Se tivessem vocação, certamente seriam influeciadoras. Nesse momento escuto * Ow, rapariga, eu vou casar com você* e nesse cabaré, você não vai viver*. Não haveria fundo musical mais sugestivo. Prosseguindo em meus devaneios, nada mais abjeto que um homem que creia poder possuir uma mulher a custa de seus recursos financeiros e nada mais atestador de fraqueza de caráter um homem que não possua encantos suficientes a fim de que se submeta a tal expediente. Aproveito o raciocínio para avaliar um tipo mais recente de prostituição. Aquele tipo que não cobra dinheiro, mas atenção. E não aponto de modo agressivo, não julgo as prostitutas, sejam as que ganhem dinheiro ou afetos efêmeros. Julgo homens que, na mais vil postura, disponham de seus recursos, sejam financeiros ou manipulatórios para atingirem seu alvo ( mais precisamente, um que se localiza entre pernas). Por fim, e no contraponto da música ora mencionada, deixo-lhes deslizes ( pois também a ouvi hoje e também se adequa a essas linhas) * COMO PRÊMIO, EU RECEBO TEU ABRAÇO, SUBORNANDO MEU DESEJO TÃO ANTIGO, ME ENGANANDO, SÓ ASSIM SOMOS AMIGOS...