sábado, 17 de agosto de 2013

Mãe.

Eu nunca consegui ter aquela ideia romântica de mãe.Sempre achei muito piegas essa coisa de " a minha mãe é a melhor do mundo", talvez porque, eu definitivamente, não acreditasse nisso. Mas isso não foi sempre, como disse anteriormente... Muito antes, quando tinha uns seis anos, eu dormia todos os dias com ela, e não conseguia dormir enquanto ela não chegasse do trabalho. Acho que essa é a minha  última lemnbrança sobre um amor de mãe. Eu não sou nenhuma psicopata, pelo contrário. Sou muito sensível até. Mas eu sei que algo se quebrou nessa relação. Não sei onde, mas sei que sim. Eu sempre tive uma grande necessidade de ser mãe. É como seu eu tivesse a necesidade de recuperar essa relação. Incrivelmente, eu tive um casal, como ela, e com a mesma diferença de idade que meu irmão e eu. Mas infelizmente, eu reproduzo exatamente a minha relação com ela em relação á minha filha. Algo na minha mãe faz com que ela não me suporte, que ela se irrite com a minha voz e com minha maneira de ser. |E lembro ser assim desde muito tempo. Desde sempre a escuto dizer: sua voz é irritante, é estridente, fale baixo! Ninguém consegue imaginar o quanto isso me irrita até hoje. Eu consigo ler nela algo como que não me desejasse. E o interessante é que eu tenho a sensação de que eu preferia não ter nascido. Isso escuto dela também com relação à minha avó... è incrível como esss síndrome de Branca de Neve x Madrasta má vem se perpetuando há tantas gerações. As pessoas sempre me chamam de ingrata. Eu já preparei a minha defesa. Algumas pessoas mais sensíveis ou mais esclarecidas conseguem acompanhar meu raciocínio, digamos assim. Eu sempre argumento: minha relação com ela é produto da relação que ela criou comigo e não o contrário. Esses dias fui ao fórum assistir uma audiência. |Havia um senhor aposentado pela SEFAZ. Ele pagava a ex esposa e duas filhar 40% do salário bruto. Assim, elça ficava com  r$6.300, e ele com um pouco mais de R$ 5.000. Além disso, ainda pagava cerca de R$ 3.000 de plano de saúde para ele e todos os seu dependentes, inclusive ela. Ele entrara com uma ação revisional de pensão alimentícia, e exigia, apenas que o valor girasse em torno dos 40% em cima do líquido. Eu brinquei com outras acadêmicas dizendo que queria um marido desse. Depois eu parei para observar a cena: Ele, um senhor com seus sessenta anos, com aliança na mão esquerdae bem aparentado. Ela, em tese ganhando mais do que ele, era uma senhora debilitada, vítima de um AVC. Com muitos remédios para tomar diariamente. Andava de muletas. No decorrer da audiência, ele a orientou que gerenciasse bem o dinheiro da filha menor. Ela se irritou, começou a chorar, elevou a voz e o chamou de homem ingrato. Uma das minha colegas me disse: Essa mulher ainda tem coragem de chamar um marido desse de ingrato? Eu lhe respndi: Observe: Essa mulher no mínimo foi trocada por outra, porque, em regra, é exatamente isso que os homens fazem. continuo depois.